Monday, May 30, 2011

The Girl who Kicked the Hornet's Nest (Stieg Larsson)

Foi um dos momentos mais fofos quando o marido chegou em casa de uma viagem a trabalho e disse: "Trouxe presente!", e da mala sai o último livro da série Millennium - The Girl who Kicked the Hornet's NestA rainha do Castelo de ar. Demorei tantos meses pra ler numa ansiedade sem tamanho, com um medinho porque história acaba nesse livro, e curiosa pra saber mais sobre a Lisbeth, mas ao mesmo tempo não querendo ler pra não chegar ao fim.

Larsson não decepciona em nenhum capítulo desse último livro, o que me deixou ainda mais impressionada com esse escritor fabuloso. É uma história sem hiatos, de prender o fôlego e toda a atenção do leitor do início ao fim, assim como os dois primeiros livros.

Lisbeth Salander é uma das minhas personagens femininas preferidas de todos os livros que já li, ela não é carismática mas é uma personagem que eu me pego desejando ter como amiga. Nesse terceiro livro, a Lisbeth Salander enigmática, curta e grossa, é desvendada. Sua história é exposta como que num livro aberto, cada detalhe escondido nos lugares mais escuros do seu passado é posto em pratos limpos graças a Mikael Blomkvist e seus esforços para expor aqueles que fizeram da infância de Lisbeth um pesadelo.

A história começa no mesmo ponto em que o livro 2 termina. Lisbeth e Zalachenko são levados para o mesmo hospital. Os dois ficam entre a vida e a morte, Lisbeth passa por cirurgia para remover a bala de seu cérebro e por um certo tempo há a incerteza de sequelas, teria a bala afetado grande área em seu cérebro, seria ela a mesma quando acordasse?

Com Lisbeth sob custódia no hospital e sem contato com o mundo exterior, Mikael dobra os esforços nas investigações para desmascarar aqueles por trás do caso Salander antes do julgamento. As investigações levam o caso a tal extremidade que até mesmo o Primeiro Ministro é colocado a par da situação, para vantagem de Lisbeth, e em pouco tempo, 4 investigações paralelas são formadas para desvendar esse mistério.

Para aqueles que viram a versão sueca dos filmes, sabem que a história nem se compara com os ricos detalhes do livro. Eu vi o filme antes de ler o livro, e fiquei impressionada com as mudanças feitas na história, e a superficialidade dos fatos. Até mesmo a história paralela da Erika foi mudada, o que foi uma pena porque eu a admirei bastante quando ela decidiu fazer o que ela achava certo no momento, e deixou  Millennium no momento em que Mikael tanto precisava dela. Mas ela decidiu tomar um passo que era só dela, que a realizaria como profissional, e como pessoa. Apesar de ela ter voltado para Millennium no final das contas, mas o fato de ela ter tomado a decisão de sair demonstrou uma força que poucas mulheres teriam coragem de tomar, não foi por dinheiro, não foi por ambição, foi porque ela acreditava que poderia fazer mais por aquele jornal, e contribuir para melhorar o formato investigativo dele, o que realmente ela fez, contra muitos e tantos outros.

E então... eu li o livro devagarinho, absorvendo ao máximo a história da Lisbeth, economizando a leitura para não acabar rápido porque eu sabia que sentiria saudades dessa história. Larsson é um dos poucos escritores a dar tamanho poder a voz feminina, com personagens tão decididos e encorajadores: de Miriam Wu, a Erika; da advogada Giannini, a policial Figuerola. Amei e admiro cada uma delas por terem feito The Girl who Kicked the Hornet's Nest esse livro surpreendente.

O nome dela é Lisbeth Salander. Suécia a conheceu através dos relatórios policiais, pela imprensa e manchetes de jornais. Ela tem 26 anos de idade, e nem chega aos 1,5m de altura. Ela tem sido chamada de psicopata, assassina, e Satanista lésbica. Não tem existido limites para as fantasias publicadas sobre ela. Nessa edição, Millenium vai contar a história de como oficiais do governo conspiraram contra Salander com o intuito de proteger um assassino patológico...



Saturday, May 28, 2011

Poema de Sábado

O Poema

O poema
essa estranha máscara
mais verdadeira do que a própria face...

(Mario Quintana,    
A cor do Invisível, pag. 37)

Sunday, May 1, 2011

"E então ela se percebeu confrontada dessa maneira com a convicção de que o único homem no mundo que ela acreditava ser o menos sordido, havia casado com ela, como um aventureiro vulgar, por dinheiro. Estranho confessar mas isso nunca a havia ocorrido"

(The Portrait of a Lady, O retrato de uma Senhora, pag. 530)